Terapia - Vol. I

Livro: Terapia - Vol I

Autores: Rob Gordon, Marina Kurcis, Mario Cau

Editora: Novo Século

Em comemoração ao dia do quadrinho nacional, que foi ontem, dia 30, e aproveitando que já estava ansiosa para falar dessa HQ, o post de hoje é  sobre Terapia - Vol I.



Terapia - Vol I teve início no projeto petisco.org, que é um portal de webcomics, em que os quadrinhos são publicados com a periodicidade de uma página por semana.

Presenciei pelo site o nascimento de Terapia, pois já acompanho o blog de um de seus autores (Rob Gordon) há bastante tempo, e sua pagina pessoal no twitter.

Terapia ganhou o Troféu HQMIX, prêmio Maximo dos quadrinhos brasileiros, na categoria “Melhor Webcomic de 2011”, e posteriormente participou de um financiamento coletivo para sua publicação. Em 2013, a Novo Século lançou a HQ.

E o que tem de tão impressionante assim nela? TUDO

E juro que não achei isso só pelo fato de eu ser estudante de Psicologia.

A história gira em torno de um rapaz, não nomeado, que procura um psicólogo, porque não se sente bem. Porém, tudo em sua vida, está normal. Não há um grande acontecimento ruim, ou trauma específico. Ele simplesmente sente que não se encaixa em sua família, relacionamento com a namorada, grupo de amigos, faculdade e emprego.

Clique na imagem para ler os balões

O rapaz se sente confortável somente com a música, com o blues especificamente.

No decorrer da HQ aparecem alguns momentos de conflito e culpa do rapaz, em sua conversa com o psicólogo, como por exemplo, quando conhece uma garota na faculdade, pela qual começa a se interessar.

Numa segunda parte, temos o passado do terapeuta, e dos pais do rapaz, e como essas histórias se cruzam brevemente num tempo distante.

Repare do outro lado da rua, nas imagens: na primeira você pode ver os pais do rapaz se abraçando, e na segunda, o psicólogo comemorando =)


A HQ é linda, o roteiro é maravilhoso, e principalmente a arte é incrível!!! Além das muitas referências ao blues, aparecem referências a outras HQs, a livros, filmes e música. Eu fiquei apaixonada!!!

No finalzinho, numa parte denominada “Lado B – Bastidores” os autores comentam capítulo a capítulo o processo de criação, e algumas curiosidades que talvez passassem despercebidas, e que tornam Terapia uma obra ainda mais especial.

Recomendo não somente a interessados em HQ, ou psicologia. Recomendo a todo mundo, pois é uma história muito próxima da realidade de qualquer pessoa, afinal, quem nunca se sentiu como um peixe fora d’água??


Mais sobre TerapiaPetisco.org

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A Costureira de Khair Khana

Livro: A Costureira de Khair Khana

Autora:  Gayle Tzemach Lemmon

Editora: Seoman




Esses dois anos completos de jornalismo fizeram eu me apaixonar por um gênero especifico de literatura, os livros reportagens. Somada a minha paixão ao Oriente Médio, cheguei a mais um livro sobre a época Taleban.

Gayle é jornalista e estava fazendo o seu MBA com o tema mulheres empreendedoras em países com situação de guerra. E que lugar mais propício para isso que o Afeganistão durante o regime Taleban¿ Porém o difícil seria achar uma mulher empreendedora em um regime em que não era permitido às mulheres nem saírem às ruas. Difícil mas não impossível, e foi assim que Gayle conheceu Kamila, e passou a acompanhar e relatar sua experiência e de sua família.

A professora Kamila, assim como todas as mulheres de Cabul, vê a vida mudar quando o Talibã chega ao poder da cidade. Impedida de lecionar pelo novo regime, Kamila se ve confinada em casa com suas irmãs e ve o sustento da família ficar cada vez mais difícil. A situação piora quando seus pais decidem se refugiar no Paquistão para manter o sustento dos filhos e o irmão mais velho ser mandado para o Irã.

Kamila decide que precisa fazer alguma coisa para sustentar a família, e pede ajuda para a irmã mais velha, exímia costureira, a ensinar-lhe a costurar. Passa tardes na casa da irmã aprendendo a fazer vestidos e bordados e quando volta a sua casa a noite, ensina para as irmãs mais novas o que aprendeu.

A segunda parte do plano de Kamila para ajudar a família é mais complicada. Vender as roupas que costurou no mercado de Cabul. Para essa missão Kamila recruta o irmão mais novo a acompanha-la, mas sabe que é arriscado. Mulheres não tem permissão para falarem nas ruas e Kamilla tem que achar algum vendedor que aceite seus vestidos. E assim, entre a tensão e a alegria de voltar a trabalhar, Kamila encontra a primeira loja que lhe faz encomendas.

As encomendas não param de crescer, a sala da casa aos poucos vai se transformando em um ateliê e as meninas do bairro vão descobrindo a reputação de Kamila e começam a bater a porta da família Sidiqui em busca de uma oportunidade.


Não vou contar como acaba pra não estragar a surpresa, mas é um livro lindo, de fácil leitura e estimulante, ver o que essas mulheres conseguiram em um regime opressor é fantástico e faz a gente ter até um pouquinho de vergonha por as vezes não termos coragem pra coisas tão mais simples. 

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Make my way back home when I learn to fly high ♫

Livro: This is a Call - a vida e a música de Dave Grohl

Autor: Paul Brannigan

Editora: Leya

Como já disse aqui, eu a Isabella, que escrevemos para esse blog, compartilhamos, além do amor pelos livros, o amor pela música (entre outros amores... =p)!

E na empolgação da vinda do Foo Fighters na próxima sexta feira a terras paulistanas, após ter perdido o show anterior em 2012 devido a um preconceito com o line up do festival Lollapalooza (reis em trazer uma ou duas bandas maravilhosas + um monte de bandinhas nas quais ninguém tem interesse), o post de hoje trás minhas impressões da biografia não oficial do líder da banda – Sir Dave Grohl


Primeiramente, biografias me atraem... Mesmo que hoje em dia sejam muito mais vendidas como propaganda, e forma de promoção, do que como um bom livro a ser apreciado.

Biografias de músicos/bandas me atraem ainda mais...

O que mais gosto, antes de lê-las são os títulos. Sério! Adoro títulos de biografias. As vezes eles são rasos (como o de Ozzy Osbourne – “Eu sou Ozzy”), mas muitas vezes são profundos e refletem o que há por vir na leitura (como o “Mais pesado que o céu” de Kurt Cobain, ou “Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra” do Led Zeppelin). Gosto particularmente dessa segunda opção. =)

No caso de Grohl, o livro toma emprestado o nome de uma de suas músicas (como outras também o fazem – “Run to the hills” do Iron Maiden, por exemplo).

Meu primeiro contato com Grohl foi através do Nirvana, claro. Banda que é comumente descoberta no inicio da adolescência, e muitas vezes usada como válvula de escape de uma rebeldia típica da idade.

A música do Nirvana é - falem o que quiserem de sua qualidade - muito intensa!

Através do Nirvana, conheci o Foo Fighters, e passado muitos anos, tive a oportunidade de ter esse livro em mãos.

O livro é excelente, e muito honesto! Já na sua contracapa temos uma citação em que Dave nos dá um tapa na cara: “Quando o Nirvana terminou, eu não morri. Ainda não morri, porra!”

Outras citações de Dave

Porém, o que me incomodou foi que o livro foca muito mais na história de um cenário musical do fim dos anos 80/inicio dos 90, contando a trajetória de muitas das influencias de Dave Grohl, e resumidamente toda a história do Nirvana (com holofotes completamente voltados para Kurt Cobain), com ele aparecendo timidamente aqui e ali.

Quando Cobain morre, ou pouco antes disso, parece que o autor se lembra que seu objetivo principal é relatar Dave Grohl. Nesse ponto, já estamos praticamente na metade do livro!!!

De maneira grosseira, o Foo Fighters já tem de vida muito mais tempo do que teve o Nirvana. Então, na minha opinião, toda a parte underground do inicio de sua vida musical e o assombroso sucesso do Nirvana, poderiam ter sido um pouco menos detalhados.

Nirvana durante turnê de promoção do álbum In Utero

O que pode ser muito percebido nos relatos de Dave é uma absurda e obtusa insegurança com relação ao Foo Fighters, principalmente no início da banda, e o fantasma do Nirvana, presente em praticamente toda sua vida.

Às vezes da vontade de dar um chacoalhão nele, e dizer ALOOOU, SUA BANDA É INCRIVEL!!!  =p

No livro, podemos encontrar todos os motivos que fazem do Foo Fighters uma das bandas mais respeitadas da atualidade em todo o mundo (Sério, não conheço ninguém que efetivamente NÃO GOSTE deles, tipo “odeio Foo Fighters!” – Isso não existe =p ); bem como o porquê da fama de Dave de “cara mais legal do Rock”.

Gosto principalmente de como ele respeita e valoriza a vida, dizendo que já procurou ajuda psicoterápica, quando achou necessário para estar melhor consigo mesmo, e quando diz que pensou em sair do cenário musical quando seu companheiro de banda, Taylor Hawkins, sofreu uma overdose.

"Quando Taylor teve overdose, pensei, pela primeira vez na vida, em parar de fazer música. Porque chegou ao ponto de me questionar se a música era sinônimo de morte. Acredita?"

Paul Brannigan consegue trazer Dave Grohl para bem próximo de nós, quase nos sentimos seus amigos de longa data.

Por isso mesmo, Dave, aguardo você, Nate, Taylor, Chris e Pat para nos divertirmos na sexta a noite. I can’t wait to see you, my friend. ;)
Escrevendo a set list do último show do disco Foo Fighters, em 1996.


Obras relacionadas: Nada a perder - outra biografia não oficial de Dave Grohl

Onde encontrar pelo melhor preço hoje: Amazon.com.br - R$ 23,00

*** Para quem quiser ver o FF em SP, que está com ingressos esgotados, a SKY Live transmitirá o show, dia 23, através do Facebook a partir das 21h00.
Dois dias depois, a apresentação no Maracanã, será exibida pelo canal Multishow a partir das 21h15, sendo que ainda está sendo negociada uma transmissão pela internet.
Ingressos para o show do Rio, Porto Alegre, e Belo Horizonte ainda estão disponíveis (disponibilidade limitada para alguns) para venda no site da http://premier.ticketsforfun.com.br/ .





O Garoto no Convés

Livro: O Garoto no Convés

Autor:  John Boyne







Todo mundo conhece John Boyne como autor do emocionante  “O menino do pijama listrado”, porém poucas pessoas leram sua outra obra “O garoto no convés” , tão envolvente quanto o outro livro.

John tem a facilidade de escrever história de garotos marcantes, podemos perceber isso em seus dois livros, mas o personagem principal de “O garoto no convés” me cativou mais que Bruno, personagem principal de “O menino do pijama listrado”.

John Jacob Trunstille é um garoto pobre e órfão, vive na casa de um senhor que recruta garotos para roubar e fazer outros serviços para ele. Em um dia de “trabalho” John conversa com um fidalgo francês sobre livros antes de lhe roubar o relógio. Perseguido e capturado pela polícia, John recebe a pena de 12 meses de cárcere, porem, antes de ser levado para a prisão. O fidalgo aparece para mudar seu destino. Ele retira a queixa de roubo contra o menino em troca de o menino trabalhar para um navio a serviço da Marinha Inglesa, como criado do capitão.

O inicio do garoto a bordo do navio não é fácil. Ele é o mais baixo empregado da embarcação e por conta disso é rejeitado por todos, e o balanço no navio o deixa doente nos primeiros dias de navegação, mas com o tempo, Trunstille vai se acostumando ao navio e ao emprego, e descobre no capitão uma pessoa boa, que lhe da atenção e troca confidencias, sem nunca esquecer a diferença de patentes.

O menino descobre com o tempo qual a missão do navio, levar fruta-pão para alimentar os escravos na colônia da inglesa da Índia. E após terem que refazer a rota, chegam ao Taiti. Os marujos se sentem no paraíso, e melhoram de aparência durante a estada na ilha, com comida em abundancia e o contato com as mulheres da ilha.

Trunstille conhece o primeiro amor com uma nativa, e sempre que pode foge do trabalho para ficar com Kaikala. É com ela também que ele conhece sua primeira decepção amorosa, ao descobrir a traição da garota.

O clima na ilha piora quando três homens desertam e fogem do trabalho e o capitão proíbe os marujos de ficarem na ilha, eles trabalham e voltam ao navio para dormir todas as noites, isso gera um clima de revolta na tripulação.

Ao embarcarem para a vigem de volta à Inglaterra, o livro da uma reviravolta, e acompanhamos a mudança na vida de John Jacob Trunstille a partir de uma mudança drástica em sua vida.

Não vou contar o que acontece com a tripulação e nem com o garoto para não perder a graça do livro. Mas garanto que é uma excelente aventura náutica que nem percebemos passar as mais de 400 páginas, e é impossível não se apaixonar pelo garoto John Jacob Trunstille. Um livro que vale muito a pena ler!!!

O livro já está esgotado no fornecedor, mas ainda é possível encontrar edições novas e usadas no site Estante Virtual com o preço partindo de 14 reais!!!!

News: Escuridão Total Sem Estrelas

Ontem a Suma de Letras divulgou pelo Instagram (@sumadeletras_br) a capa do novo livro de contos de Stephen King, "Escuridão Total Sem Estrelas", que será lançado em abril.
Os contos são: 1922, Gigante do volante, Extensão justa, Um bom casamento


Ficou lindo gente!!! Todo preto, para combinar com o título! Adorei! Mal posso esperar... =)
E vocês, o que acharam?

Os Últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos

Título: Os Últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos

Autor: Luis Fernando Veríssimo

Editora: Objetiva

Vamos começar esse primeiro post de 2015 com minha primeira leitura de 2015. =)

Mas antes disso, quero colocar que o desafio proposto pela Isa no post anterior está aceitissimo! Quem ler mais livros, dá um de presente para a outra no fim do ano. Certo. ;)

Então vamos falar de Veríssimo



“Os últimos quartetos de Beethoven e Outros Contos” é mais um livro que me apaixonei pelo título e pela capa primeiro. Costumava vê-lo na livraria das rodoviárias, nos anos da primeira faculdade, em que eu vivia de ponte-rodoviária entre São Paulo – Campinas – Rio Claro.

Mas demorei um tantão para ler!

É um livro só de contos do autor, que traz simplicidade e cotidiano na narrativa, incluindo nelas um pouquinho do inusitado, e do quase bizarro.

São 9 contos: O Pôster, Os últimos quartetos de Beethoven, Bolero, Lo, Contículo, Obsessão, Memórias, A Mancha, O Expert e A mulher que caiu do céu.

Os meus preferidos foram os dois primeiros, além de Obsessão e A Mancha.

"O Pôster" fala sobre um casal que vai receber a visita do chefe do marido para o jantar, e confabula se devem ou não esconder o pôster de Che Guevara, além de outras coisas da sala, para não causarem uma impressão equivocada. Muito divertido!

"Os últimos quartetos..." fala sobre a “turma da Lívia”, uma garota incrível que “domina” uma turma de rapazes... achei muito bom, é engraçadinho no começo e se torna melancólico.

"Obsessão" é todo sobre a ponta do nariz de uma moça.

E "A Mancha" tem uma discreta (ou não) crítica à Ditadura Militar e às torturas dessa época.

De alguns contos gostei mais do que outros, obviamente, mas não deixei de gostar de nenhum, nem de “Lo”, que é mais pesado, contando um caso de uma mulher de quase 40 anos com um menino de 12. Acredito que esse conto não deve ter sido muito bem aceito e engolido pelos leitores.

Em resumo, a leitura é bem gostosa e fluida, li inteiro de uma vez. Vale a pena, se você procura uma leitura leve e divertida. =)


Onde encontrar pelo melhor preço hoje:  Extra.com - R$8,46 (corre pro saldão!!!!)
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