Livro: As Brumas de Avalon (A Senhora da Magia, A Grande
Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore)
Autora: Marion Zimmer Bradley
Lançamento: 1979
Para a “estréia” do blog escolhemos os quatro livros da
série As Brumas de Avalon, que foi considerado o romance de maior sucesso da
década, e acabou de ganhar uma nova edição em 2011. A obra ambientada na
lendária Bretanha da época do Rei Artur, conta a história por uma outra
perspectiva, a das mulheres que tiveram grande papel na história.
Esse post foi escrito em conjunto, pelas duas autoras deste
blog, principalmente por ter sido uma série que ambas leram (Isa ainda está
terminando de ler, na verdade :p )
Versão antiiiga da Isa, que era da mãe dela =) |
No primeiro livro, “A Senhora da Magia”, Marion nos apresenta aos pais do Rei Artur, e
a sua irmã Morgana, e nos mostra como o nascimento do futuro Rei foi planejado
por Avalon, desde a união dos pais ate a sua concepção. Artur viria com a
missão de preservar o antigo poder dos druidas.
No terceiro livro, “O Gamo-Rei”, encontramos Morgana e sua
devoção pela Deusa, apesar de ter se casado e estar há tempos distante de
Avalon; Artur, também distante desta realidade, se converte ao Cristianismo,
por influencia de Gwen; e revemos finalmente o filho dos irmãos, Gwydion, já
crescido, e mostrando que herdou da mãe a visão.
Tem certa ênfase no envelhecimento das personagens, principalmente
Viviane e Merlim , e sua constante luta para manter os rituais e ensinamentos
vivos. Assim, as religiões pagãs vão perdendo espaço na Bretanha, enquanto
Avalon se perde nas Brumas.
Por fim, em “O Prisioneiro da Árvore”, o ultimo da série,
mostra as consequências dos atos de todas as personagens durante toda a
história. É como uma decadência de Avalon e de Camelot. Morgana, com raiva de
Artur por ter deixado de lado Avalon, planeja roubar Excalibur, e colocar outro
rei no trono. Gwydion também vai a Camelot, tramando contra o trono de seu pai.
Lancelote e Gwenhwyfar fogem para ficar juntos em seu amor proibido, mas ela se
arrepende e vai para um convento. Lancelote entra para uma congregação, onde
permanece até o fim de seus dias.
De forma geral, a história contada nas Brumas é muito bem
escrita, e interessante, principalmente pelo fato de que a narrativa é feita
pelo ponto de vista feminino. Porém, esse também é um problema da série, ao meu
ver. As mulheres são extremamente irritantes muitas vezes no decorrer da
história. Igraine e Gwen são especialmente chatas.
Afora isso, apesar de o desfecho da lenda do Rei Artur ser bem
conhecida, ao nos aproximarmos do fim da história, continuamos a torcer pela
reascensão de Avalon, e para que Artur volte à sua devoção aos rituais. O último
livro é um tanto triste.
O que mais chama a atenção na obra toda é o quanto as personagens
são carregadas de emoção. Ponto para Marion, pela sensibilidade.
Edição mais recente, da Thayz |
Obras relacionadas: As Crônicas de Artur - Bernard Cornwell
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