A Culpa é das Estrelas

Livro: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Editora: Intrínseca




Não lembro exatamente como me interessei em ler, talvez, antes de toda a sensação em torno do livro, me interessei pela capa (porque sim, eu escolho muitos livros pela capa) Mas como, obvio, um livro não pode ser só julgado pela capa comecei a ler. E bem na época em que eu estava lendo, dei de lição para os meus alunos de inglês para contarem sobre o ultimo livro que eles tinham lido, e para a minha felicidade (ou não) uma aluna fez o resumo desse livro. Ou seja, terminei de ler o livro já sabendo o final, coisa que eu odeio. Por isso não vou contar nenhum spoiler, caso você ainda não tenha lido esse livro.

A culpa é das estrelas faz parte da literatura juvenil e é um dos maiores sucessos nos dias de hoje. Talvez pela simplicidade em que o autor escreve e do forte apelo emocional, ainda não conheci uma pessoa que tenha lido e não tenha chorado no final.

Hazel é uma garota de 17 anos com câncer em estado avançado, a mãe, cansada de ver a filha sempre em casa a obriga ir em um grupo de apoio a pessoas com câncer no porão da igreja. 

Lá, ela fez amizade com Isaac, um menino que teve um olho extraido quando pequeno, em decorrencia de um cancer ocular. Porém após algumas semanas, Hazel desistiu do grupo.
Mais um vez sua mãe a obrigou a voltar. Hazel precisava de um balão de oxigenio para poder respirar e quando chegou no grupo, reparou um menino que nunca havia visto antes, um menino bem atraente e com aparencia saudavel, e no mesmo momento desejou estar mais apresentável, pois ela não havia nem se penteado para ir ao grupo.

Augustus se apresenta e diz que só esta no grupo a pedido de Isaac, e que teve há um ano e meio atrás câncer nos ossos, mas que ja estava bem. 

A amizade dos três, Hazel, Augustus e Isaac vai se desenvolvendo e Hazel e Augustus entram em um relacionamento.

O menino realiza o sonho de Hazel de ir para Amsterdam conversar com seu autor favorito e o livro se desenvolve a partir do relacionamento dos dois.

Como prometido, não vou dar spoilers, mas se você ainda não leu e esta se preparando para ler, separe alguns lenços durante a leitura. E se você já leu, comente aqui se chorou também ;)


Boa leitura!!!



Melhor preço: Lojas Americanas


Catarina, a Grande. Retrato de uma mulher

Livro: Catarina, a Grande. Retrato de uma mulher

Autor: Robert K. Massie

Editora: Rocco





Mais uma da série de biografias, Catarina conta a história da última imperatriz da Rússia que deixou marcas sem precedentes no país. Um dos feitos da Imperatriz é um dos assuntos mais falados na política internacional nos dias de hoje: A Crimeia. Que foi anexada por Catarina em 1783, nove anos após a mesma ter ganho independencia do Imperio Otomano com a ajuda da Rússia.

O livro é dividido em sete partes: Uma princesa germanica, Um casamento infeliz, Sedução maternidade e confronto, Chegou a hora!, Imperatriz da Rússia, Potemkin e favoritismo, Meu nome é Catarina Segunda.E conta toda a trajetória da menina Sofia até se tornar Catarina a Grande.

A princesa alemã que foi levada a Rússia para se casar com o sobrinho da Imperatriz Isabel e manter a dinastia Romanov. Aprendeu cedo a língua russa e se converteu a religião ortodoxa. Sofia estava encantada com a ideia de ser imperatriz.
Porém seu futuro marido, Pedro, tinha sérios problemas de confiança, e por ter sido criado por um tio, e devido a saude fragil, não era uma pessoa normal.

Sofia suportou todo o sofrimento e a distancia da família e de sua terra natal pensando na coroação de Pedro. Mas a Imperatriz Isabel era forte e morreu já com idade avançada. Pedro que não era simpatico ao povo assumiu o poder, e logo pessoas ligadas a coroa começaram a tramar a subida ao poder de Catarina através de um golpe.

Ao longo do livro, detalhes da vida de Sofia, e depois Catarina são revelados atraves de cartas que ela escrevia a família e aos amantes que conseguiram ser resgatadas. 

Catarina era amante das artes e financiou a ida de diversas obras para São Petersburgo. O Museu Hermitage começou como uma coleção particular da Imperatriz. 

Ela também tinha grande admiração por filosofos iluministas ocidentais como Voltaire e Diderot, e financiou a ida de Diderot para São Petesburgo, onde ele escreveu parte da Enciclopédia, sua principal obra.

O livro é longo, a história de Catarina é contada em 620 páginas, mas é uma leitura rápida e gostosa. E o mais fascinante é que se trata de uma história real com todas as caracteristicas de um filme hoolywoodiano. Amor, traição, inveja, ciúme, golpe....E aproxima a Grande Imperatriz as mulheres normais.


Melhor preço: Livraria da Folha

A Esperança

Título: A Esperança

Título Original: Mockingjay

Autora: Suzanne Collins

Editora: Rocco

Acompanhando o lançamento de adaptações de livros para o cinema, hoje pela primeira vez, falarei sobre um livro que não gostei taaanto. Não me levem a mal, mas não só “A Esperança”, como toda a trilogia “Jogos Vorazes”, me deixaram com a sensação de “tá faltando alguma coisa”, apesar de a ideia por trás da história toda ser muito boa.

Quando ouvi falar de Jogos Vorazes, imaginei uma história mais crua. Fala-se em mortes sangrentas e brutais. Aqui começa a minha decepção. As mortes são até toscas às vezes, e causadas pela Arena mais que pelos outros participantes. Não que necessariamente precisassem ser piores. Apenas estou fazendo um comentário. (Sou fã de Tarantino, talvez por isso, as mortes soem “leves”)

Outra coisa que incomoda é o pseudo triangulo amoroso Peeta-Katniss-Gale.

Fraco. Não pelo romance em si, mas pela abordagem que foi dada. Minha opinião é de que ou não deveria existir (parece que atrasa a narrativa, muitas vezes), ou que deveria ser mais explorado. Fica só no “vou-não-vou” a série toda. É mais ou menos um romance, mais ou menos um triangulo amoroso. Beirando o enfadonho.

Mas a grande vantagem da história é que ela se da com seres humanos. Não tem seres sobrenaturais, tem pessoas. O lado humano e instintivo de sobrevivência é sem duvida o ponto alto de toda a série.


No primeiro livro, Katniss e Peeta participam como tributos na competição anual Jogos Vorazes, um reallity show transmitido por toda Panem (EUA atual), na qual, o ultimo sobrevivente é o vencedor. Burlando a Capital, ambos conseguem sair vitoriosos.

O ato de rebeldia que os mantém vivos e os fazem vitoriosos, trás a eles algumas consequências, como uma nova participação nos Jogos do ano seguinte, chamado Massacre Quaternário, que acontece de 25 em 25 anos, como uma “Edição Comemorativa”. Nessa edição, de 75 anos, os tributos são sorteados entre todos os vencedores de todas as edições. Assim, Peeta e Katniss voltam à Arena. Esse é o enredo do segundo livro, “Em Chamas”.


“A Esperança” começa do fim de “Em Chamas”, quando os, até então, sobreviventes, são resgatados do Massacre Quaternário, dentro de um plano contra a Capital.  Mas nem tudo sai como esperado, e alguns são capturados, e mantidos reféns. Dentre eles, Peeta.

Além disso, o Distrito 12, onde morava Katniss, foi destruído pela Capital, como forma de retaliação.

Katniss descobre que o Distrito 13, que todos imaginavam que tinha sido destruído, como mais recentemente, o 12, ainda existe e sobrevive. E é pra lá que os sobreviventes do 12, e os líderes da resistência contra a Capital e Presidente Snow se reúnem.

Katniss percebe então que é o símbolo de esperança e sinônimo de mudança em toda Panem.

O livro se ambienta praticamente no Distrito 13, e na guerra contra a Capital. Nesse contexto, também se encontra a tentativa de resgatar e salvar os tributos que foram aprisionados pela Capital.

“A Esperança” é o mais diferente dos 3 livros, o que não significa dizer que isso seja bom (ou ruim).

Um personagem que se destaca em toda a trilogia, em minha opinião, é Haymich. Sua habilidade, percepção e sensibilidade são vitais para toda a história. Merecia mais destaque.

O livro não tem um final feliz. Quem esperava por isso, provavelmente ficou insatisfeito. O que temos, para os sobreviventes, é uma forma encontrada de seguir em frente. Um ponto de esperança.

Onde encontrar pelo melhor preço hoje: Livraria da Folha - R$25,40

Mais sobre a história: A Esperança - Parte 1 


19 de novembro nos cinemas






Dois Rios

Livro: Dois Rios


Autor: T.Greenwood

Editora: Novo Conceito








Depois de Oriente Médio e Segunda Guerra Mundial, acho que ta na hora de uma leitura mais light. Mas isso não necessariamente significa menos emocionante.

Dois Rios é uma história simples, de um pai viúvo, Harper, criando sua filha de 12 anos, Shelly. Harper foi ofuscado pela morte do amor de sua vida e mãe de Shelly, Betsy. E desde então parou de almejar coisas melhores para sua vida.
Harper trabalha na estação de trem da cidade de Dois Rios, e leva uma vida pacata. O início do livro, e ao longo dele, flashbacks da vida de Harper são apresentados ao leitor, revelando aos poucos o suspense da história.

Na manhã do aniversário de morte de Betsy e aniversário de 12 anos de Shelly, Harper acorda, prepara cupcakes para a garota e segue para o trabalho normal, sem ter consciência que aquele dia sua vida vai mudar.

Ao chegar na estação, Harper percebe uma estranha agitação, e logo ve o acidente. Um trem com destino a Montreal descarrilou e caiu em um dos rios que da nome a cidade. Harper pula no rio a procura de vítimas mas não encontra ninguém. No caminho de volta ao escritório porém, Harper encontra uma menina de aproximadamente 15 anos, negra e grávida. Dois Rios era uma cidade sem negros.

A garota, Maggie, pede ajuda de Harper, contando que havia sido expulsa de casa pelo pai e estava a caminho da casa de uma tia quando do acidente. Harper leva a garota para sua casa, para poder avisar a família. Shelly logo se afeiçoa a Maggie, que sempre inventa uma desculpa para não ir embora encontrar sua família. Isso intriga Harper, que começa a pesquisar sobre a garota misteriosa em sua casa.

A história se desenrola, alternando momentos em que o livro está acontecendo, e momentos passados. E uma surpresa revela a importância de Maggie na vida de Harper.
A história é suave e fácil de ser lida, e nos deixa uma mensagem de que sempre teremos uma segunda chance para repararmos nossos erros.

Melhor preço: Submarino

O Menino dos Fantoches de Varsóvia

Título: O Menino dos Fantoches de Varsóvia

Autora: Eva Weaver

Editora: Novo Conceito

Gosto de histórias sobre as Grandes Guerras, como acho que vocês irão perceber logo por aqui... Sejam de ficção ou reais, essas histórias sempre me despertam muita curiosidade, e me sensibilizam bastante.
Já gostava desde a época da escola, quando tentava entender de maneira racional como foi possível, como permitiram fatos que, humanamente não fazem sentido, como o Holocausto.
Quem teve a ideia? Quem aprovou? Quem executou e por quê?
Minha visita a Berlim em janeiro desse ano aumentou ainda mais essa vontade de conhecer tudo sobre esses eventos tão absurdamente cruéis, mas que ao mesmo tempo trouxeram tantos avanços...
Então, quando vi no semestre passado “O Menino dos Fantoches de Varsóvia” na banca de lançamentos, na Livraria Saraiva perto de onde trabalho, imediatamente quis ter.
Demorou ainda uns 2 meses para eu comprá-lo, e depois disso, uns 3 ou 4 livros, para enfim começar a ler.


O livro conta, em sua primeira parte, a história de um garoto judeu chamado Mika, que passa a viver no gueto de Varsóvia com sua mãe e seu avô, quando do começo da Guerra. Seu avô morre logo nos primeiros meses de vida no gueto, e ele fica com um sobretudo como herança. Nele, descobre que seu avô escondera diversas coisas em vários pequenos bolsos que ele mesmo costurou anexado ao casaco, como pequenos fantoches feitos a mão. Daí surge um mundo novo onde se apoiar e dar apoio aos outros em meio a realidade cruel.
Mika passa a fazer apresentações com os fantoches em casa, no gueto, em orfanatos e hospitais, e até mesmo para os soldados alemães, quando por um deles foi solicitado e imposto. 
Apesar de odiar fazer essas apresentações para os soldados, elas acabam sendo de grande ajuda para crianças judias, que Mika contrabandeava escondidas para o lado ariano, embaixo do casaco de seu avô.
Além disso, foi importante manter um vinculo, mesmo que muito frouxo, com o soldado (Max), que acabava por lhe pagar as apresentações com comidas e remédios, e mais tarde até com um grande favor.
Conforme foram ocorrendo os extermínios, e envios dos judeus para os campos de concentração, os poucos sobreviventes acabaram por se juntar e lutar contra os soldados, apresentando a primeira resistência aos alemães. Esse fato é verdadeiro, e ficou conhecido na história como Levante do Gueto de Varsóvia.

Na segunda parte do livro, narra-se a história do soldado Max após a Alemanha ter sido derrotada na Guerra. Ele, juntamente com os outros soldados, foi mandado para a Sibéria, nos mesmos trens em que enviavam os judeus aos campos de concentração.
Na Sibéria tem que realizar trabalhos forçados, recebendo pouca comida e condições de vida precárias.
O soldado questiona-se como ser humano diversas vezes, como se estivesse recebendo uma punição divina, e merecesse tudo aquilo, devido aos horrores realizados em Varsóvia.
Sua única força vinha de um dos fantoches, o príncipe, que fora deixado para ele por Mika, ainda no gueto.

Na terceira e ultima parte, temos o desfecho do livro, e como as histórias relacionadas a Mika e Max voltam a se encontrar, muitos anos depois do fim da guerra.

Eva Weaver faz uma narrativa maravilhosa, direta e fluida. Mesmo em momentos mais lentos, ela consegue nos prender, nos mantendo conectados à história.
Mas, na minha opinião, o maior ponto de destaque do livro é a mistura de fatos reais com a narrativa fictícia que a autora faz. Percebe-se que ela domina bastante a temática da Segunda Guerra, e, sobretudo sobre a história de Varsóvia.
Coloca diversos eventos e personagens na história que realmente existiram, como Janusz Korczak, médico do hospital do gueto, que obteve liberdade para sair vivo de Varsóvia, mas se recusou a deixar suas crianças, e morreu junto com elas; e Mordechaj Anielewicz (no livro, Mordecai), que foi o líder da revolução no gueto.

Isso tudo sem nunca deixar de lado a magia dos pequenos fantoches de Mika. Muito bonito, e sensível. Só posso recomendar que leiam.

Onde encontrar pelo menos preço hoje: Livraria Saraiva – R$19,80

Onde encontrar mais sobre a história: Filme – Insurreição
Conta a história do Levante do Gueto de Varsóvia, liderados por Moredecaj Anielewicz.

Os Iranianos

Título: Os Iranianos

Autor: Samy Adghirni

Editora: Editora Contexto







"A noção de outro ressalta que a diferença constitui a vida social, à medida que esta efetiva-se através das dinâmicas das relações sociais. Assim sendo, a diferença é, simultaneamente, a base da vida social e fonte permanente de tensão e conflito” (G. Velho, 1996)

"O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única.” (F. Laplantine, 2000)

Com essas duas frases, início a resenha de Os Iranianos. Pois é impossível sabermos quem somos sem o outro, e precisamos conhecer o outro para nos conhecermos. Os preconceitos tem origem na ignorância e o melhor modo de combatermos esse mal da sociedade atual é com o conhecimento.

Tenho um interesse muito grande pela cultura islâmica, e esse livro me mostrou um novo olhar. Os iranianos não são árabes, são, em sua maioria, persas. Povo que tinha como religião materna o zoroastrismo, que foi suprimido com a invasão árabe em 642.

O livro nos apresenta um povo bem mais ligado ao ocidente que os outros países muçulmanos. Um povo que valoriza o ensino superior "...durante a visita de Lula ao Irã, em 2010, o aiatolá Khamenei ficou perplexo ao saber que receberia oficialmente alguém sem diploma universitário." País de excelentes engenheiros, que enfrenta uma fuga de cérebro por falta de condições.

Ao pensarmos em Oriente Médio, logo pensamos um países precários, mas o Irã é um país de classe média, com 93% de alfabetização e índices de desenvolvimento humano muito parecidos com o do Brasil, alguns até melhor.

Conhecemos um Estado Teocrático, modelo diferente do que temos no Brasil, que é um Estado Laico. Um povo orgulhoso e ufanista, e que por trás dos costumes moralmente aceitos, gostam e fazem festas clandestinas, escondidas da polícia moral. 

Enfim, um povo alegre, que difere de nós em muitos sentidos, mas que quando paramos pra olhar vemos que são pessoas assim como nós, que também se divertem, trabalham, estudam, namoram.

O livro também nos fala da geografia do local, sobre os povos que habitam o Irã alem dos persas, sobre a imagem de nação radical, a crise das tradições sociais, o vício pela internet, os impérios e dinastias e conhecemos a situação das minorias.

                 "Como quase tudo no Irã, a situação das minorias é ambígua e cheia de nuances. Mulheres andam na parte de trás dos ônibus, mas comandam tribunais para aplicar a lei islâmica em questões familiares. Judeus tem dezenas de sinagogas à disposição, mas sunitas são proibidos de construir mesquitas. Ateus oficialmente não existes, já que todo cidadão é obrigado a se declarar membro de uma religião monoteísta. Valem todas as fés monoteístas, menos o baha'ismo, cujos adeptos são perseguidos. Homossexualidade é passível de pena de morte, mas o Estado aprova e financia operações para troca de sexo."


As mulheres no Irã, destoam da maior parte do Oriente Médio, onde são praticamente invisíveis e obrigadas a cobrir o rosto. No Irã, elas tem o rosto a mostra, atuam e trabalham em todas as áreas, votam e são eleitas, dirigem livremente, pilotam aviões, atuam em competições esportivas.Iranianas não se veem como vitimas, e assumem que enfrentam os mesmos problemas que iranianos homens. 

É preciso conhecer para podermos falar, e posso dizer que independente de qualquer coisa me apaixonei pelo Irã através desse livro. Um país cheio de cultura e história, que enfrenta problemas como todos os outros países do mundo, mas tem seus pontos positivos também.

O livro faz parte da Coleção Povos e Civilizações da editora, ideia que eu achei magnífica e quero ler todos os livros: O Mundo Muçulmano, Os Espanhóis, Os Franceses, Os Russos, Os Argentinos, Os Americanos, Os Japoneses, Os Italianos, Os Chineses, Os Indianos, Os Portugueses e Os Mexicanos.

Melhor preço: Livraria da Folha

Eu Sou o Mensageiro

Livro: Eu sou o mensageiro

Autor: Markus Zuzak

Editora: Intrínseca

“Eu sou o mensageiro” é uma leitura leve e gostosa, que trouxe um dia do sebo, sem maiores pretensões.

A narrativa é super simples (puristas dirão que é mal escrito e/ou mal traduzido), e flui rápido. Quando você percebe, já terminou de ler.

Livro novíííssimooo, achado no sebo =)

Na história conhecemos Ed Kennedy, um garoto solitário de 19 anos, que tem por companhia um cachorro fedorento, e alguns amigos tão vagabundos quanto ele. Ed trabalha como taxista, e a princípio parece não ter ambição nenhuma na vida.

Tem uma mãe amarga e ranzinza, com quem tem uma relação um pouco conflituosa, e perdeu o pai para a bebida.

Sua vida começa a mudar quando, um dia, impede, totalmente por impulso, um assalto a um banco.

A partir desse momento, passa a receber pelo correio, cartas de baralho - ases de paus, copas, ouros e espada, com endereços estranhos e mensagens misteriosas.

Ed resolve então ir aos endereços e tentar decifrá-las. Assim, ele é levado ao encontro de pessoas com dificuldades e dramas íntimos, às quais ele, de alguma forma, acaba ajudando. Como uma garota que corre descalça, e nunca consegue vencer nas competições de atletismo, ou uma senhora, já não tão lúcida, que permanece solitária à espera do retorno do marido, morto há muito tempo.

Nessa caminhada, Ed descobrirá coisas importantes sobre pessoas que nunca viu, sobre pessoas próximas (como sua mãe e seus amigos), e principalmente, sobre si mesmo.

O final vou deixar em aberto aqui, mas a mensagem do mensageiro parece ser direcionada muito mais ao leitor, do que aos personagens. Nos mostra a beleza e simplicidade de pequenos gestos de gentileza, dos quais muitas vezes nos abstemos, puramente por falta de coragem.


Melhor preço hoje: Ponto Frio - R$18,62

Mais do mesmo autor: A Menina que Roubava Livros

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