[RESENHA] Nada será como antes

Livro: Nada será como antes

Autor: Júlio Maria

Editora: Master Books



Tenho uma relação de amor com Elis desde pequena. Aquela certeza de que se eu tivesse nascido uns anos antes, seria a fã número 1. 

Meu pai sempre dizia que a música "Águas de março" era pra ele. Meu pai chamava João José, e um dos trechos de música dizia "É João, é José". 

Alguns anos depois, dancei um mix de "Como nossos pais" e "Maria Maria" no programa do Raul Gil, na época na Record, e lembro que a Claudia Leitte era jurada e votou na gente porque ficou emocionada com a homenagem a Elis. 

"O bêbado e o equilibrista" sempre foi uma das minhas músicas favoritas. 

Enfim, a lista é longa...

Biografia se tornou um dos meus gêneros literários favoritos depois que li "Eu sou Malala" e quando vi essa biografia da Elis de cara me apaixonei e se tornou um desejo de consumo. 

Consegui comprar na última Black Friday, e logo quis desvendar essa mulher que na minha imaginação, construí como um mito!

Biografias, quando são bem escritas consegue cativar e humanizar tanto o personagem, expõe as fraquezas e as qualidades, e despe o mito e o transforma em pessoa. 

O livro começa com a morte de Elis. Preciso confessar, que mesmo com essa ligação que sempre senti, nunca me aprofundei mais na vida dela, apenas na obra. E na minha cabeça, ela sempre havia sido uma "porra loka" drogada e por isso morreu de overdose. 

Logo nos primeiros capítulos essa imagem foi desaparecendo e fui descobrindo uma menina e posteriormente uma mulher extremamente talentosa, com uma relação frágil com o pai, com uma personalidade forte, porém muito insegura. 

Elis tentou boicotar outras cantoras na época em que apresentava "O fino da bossa" na Record e era extremamente ciumenta com seus maridos. 

César, seu segundo marido, pai de Pedro e Maria Rita, foi seu verdadeiro amor, e a separação acabou com Elis. Levando aquela mulher tão regrada e tão "careta" a ver na cocaína a única solução para sua dor. O desfecho foi trágico em poucos meses. 

Apesar disso, Elis foi uma mulher marcante e tive mais certeza, que se eu tivesse nascido 10 anos antes, seria fã de acompanhar tudo. Hoje, só posso ser fã saudosista da diva e melhor interprete do Brasil. 

O livro é muito envolvente e sou fã de biografias pois elas nos dão, além da história de vida de uma pessoa, a noção histórica de como estava o país nas épocas narradas, uma visão que extrapola as versões oficiais dos livros de história. 


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