Livro: O Demonologista
Autor: Andrew Pyper
Editora: Darkside Books
O Demonologista é, antes de
tudo, uma arte! Não só a história, e a forma como foi construída, mas a edição
da Darkside Books é lindíssima!
As ilustrações são incríveis,
e o fato de ele ser lido de trás pra frente e de ponta cabeça, dão uma
impressionada.
Quanto a isso, um caso curioso
me aconteceu nesse feriado. Estava indo viajar, e ia acontecer aqui em São
Paulo a Marcha pra Jesus. No metrô, indo para a rodoviária, estive acompanhada
de muitas pessoas que iam para a marcha.
E lá estou eu lendo esse
livro, de ponta cabeça, com imagens de cruz na capa e contra-capa. Chamei a
atenção de duas mulheres. Uma quis saber sobre o livro, contei por cima o
enredo, e ela ficou me dizendo que eu não devia ler essas coisas pois traz o
inimigo para perto de mim. A outra foi ainda mais radical, e, com uns amigos,
começou a cantar em alto e bom som hinos de louvor pra mim (!), no metrô (!!),
lotado (!!!).
Que fase!
Imagine se elas tivessem lido
pelo menos um pedacinho do livro!
Em O Demonologista, conhecemos
David Ullman, professor da Universidade de Columbia, especializado na figura do
demônio, baseando-se principalmente na obra de John Milton – O Paraíso Perdido.
Apesar da especialização,
David é um cético.
Até que em determinado momento,
tudo começa a desmoronar. Sua melhor amiga está com câncer terminal, sua
esposa, que ele já sabia que o traia, decide sair de casa.
David volta a sentir que sua
vida é cercada por uma melancolia de cor turquesa. Sentimento que carrega desde
a infância. Desde que seu irmão morreu afogado. Essa emoção sempre o acompanhou,
mas se via longe dela com Tess, sua filha de 11 anos.
Diante desse novo cenário, e
do retorno da melancolia, David aceita uma proposta misteriosa de ir a Veneza,
e leva Tess consigo.
Trecho do livro |
Lá é testemunha de um
acontecimento sobrenatural, que faz com que reveja seus conceitos sobre seu
ceticismo com relação ao demônio.
O Inominável, que David achava
ser somente uma figura mitológica, leva sua filha para longe. Fazendo parecer
que a garota se suicidou.
David tem um prazo para
salvá-la, e precisa seguir pistas que estão contidas no Paraíso Perdido, além
de mensagens ocultas deixadas em um diário, por Tess, que sabia mais coisas do
que se é possível esperar. Ele também precisa passar por uma série de situações
criminosas e inexplicáveis, cada vez mais provando que sua crença (ou ausência desta)
estava errada.
O livro é bastante bom, prende
bem a atenção, e gostei de como foi escrito. Tem várias referências sobre
Milton, o que torna a leitura mais interessante.
Mas confesso que esperava mais
do final. Acaba e você pensa “Só?”
Depois de tanta coisa que
aconteceu na história, o final é super morno. Uma pena. Mas ainda vale a
leitura.
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Mais sobre a história: há
rumores de que O Demonologista está sendo adaptado para o cinema. Vamos
aguardar. Enquanto isso, vejam o Book Trailer ;)
Oi, Thays, tudo bom?
ResponderExcluirComecei a leitura desse livro com tanta vontade e expectativa que, no final, a leitura acabou se tornando uma grande frustação.
Assim como você disse, o final foi muito morno. Mas arrisco a dizer que o decorrer da narrativa também se torna morno.
Quando o livro é anunciado como um filho de O Exorcista e do Código da Vinci, não tem como não esperar algo extremamente horripilante e rápido. O que, infelizmente não é o caso.
Gostaria que o resultado tivesse sido outro, mesmo.
Abraços,
Lucas Fagundes
http://claqueteliteraria.blogspot.com.br/