Livro: Eu sobrevivi ao
Holocausto
Autor: Nanette Blitz Konig
Editora: Universo dos Livros
Eu ouvi falar da historia da
Nanette pela primeira vez no documentário Marcas Indeléveis, que a Isa me
mostrou. (Assistam, por favor!) No documentário, ela e outras sobreviventes do
Holocausto contam brevemente sua história. É muito interessante, eu achei incrível!
Qual não foi minha surpresa
quando me deparei na Saraiva com um banner do lançamento do livro dela?! "Eu
sobrevivi ao Holocausto" foi lançado em agosto desse ano, e ela estava lá na
Saraiva para a festa de lançamento.
A gente fica meio sem saber o
que dizer para uma pessoa que sobreviveu a tantos horrores, mas só posso dizer
que ela foi super gentil e simpática comigo, e com todo mundo que estava lá. Foi bem legal.
Demorei um pouco para
finalmente ler o livro, mas nesse fim de semana fui viajar, e levei ele comigo,
achando que não terminaria de ler antes de chegar em casa de volta, no domingo.
Me enganei. Li inteiro no sábado, quase que de uma vez só! É muito bom!
Eu que gosto de relatos sobre
a Segunda Guerra, já ouvi de algumas pessoas que as histórias são praticamente
todas iguais! Como assim?!
Cada história tem suas paixões
e temores, além de uma absurda superação! Cada um que leio, me emociona mais!
Não seria diferente com a história de Nanette!
Ela conta como seu pai decidiu
não fugir ou se esconder, e como sua família foi presa em 1943 e enviada para o campo
de transição de Westerborck, onde permaneceram durante alguns meses, antes de
serem enviados para Bergen-Belsen.
Em Bergen-Belsen, seu pai
morreu, e seu irmão e sua mãe foram enviados para outros campos. Ela se ve
sozinha, e fragilizada sem a companhia da família. O único rosto conhecido que
encontra é o de Anne Frank (pouco antes de morrer), que tinha sido sua amiga no
Liceu Judaico, na Holanda.
Nanette fala como ficou insustentável
permanecer em Bergen-Belsen, principalmente após a chegada dos judeus que
vinham de Auschwitz.
Ela conta sobre a liberação do
campo, e como muitas pessoas morreram após a liberdade, pois seus organismos
não suportaram a comida que comeram.
Como falava inglês, ela pode
ajudar na comunicação e na retirada de todos os judeus do campo. Ela conta como
foi difícil sua vida, após o fim da guerra, e como foi que se reconstruiu. Nanette
casou-se e mudou-se para o Brasil, onde vive ainda hoje.
Trabalho em uma escola
localizada em um bairro de São Paulo conhecido por uma grande comunidade
judaica. E desde que conheci a história da Nanette, fico me perguntando se
algum dos meus alunos não pode ser neto ou parente dela, de alguma forma...
“Escrevo este livro em prol da
liberdade e da tolerância” – é assim que ela termina seu relato. Vale a pena
ler.
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