[RESENHA] Mentirosos

Livro: Mentirosos

Autor: E. Lockhart


Editora: Seguinte







Como professora de Ginástica Rítmica, vivo em um ambiente infanto-juvenil. Muitas pessoas nem sabem quem é a Violeta, eu sei cantar as músicas e fazer as danças. A maioria das pessoas acham Frozen super-fofo, eu não aguento mais ver produtos e ouvir as músicas do filme. Enfim, em uma dessas, fui apresentada a Mentirosos.

Tenho uma aluna que gosta tanto de ler quanto eu, e em uma aula ela me garantiu que eu precisava ler Mentirosos e depois de algumas aulas sem lembrar, na última semana antes das férias ela me levou o livro. 

Prometi pra ela que leria em uma semana, e quando cheguei em casa minha irmã quis ler também. Fiquei com medo de emprestar e minha irmã demorar muito pra ler...dois dias depois ela chegou com o livro lido. Eu terminei em um dia e meio. 

A leitura é, de fato, rápida. A autora brinca com um jogo de palavras interessante durante todo o livro. 

Como já falei, é uma leitura juvenil. O que pode afastar muitas pessoas do livro. Mas ele é interessante. 

Minha irmã diz que sacou a "mentira" logo na metade do livro. Confesso que eu demorei mais. Aliás, só descobri quando foi revelado.

Mentirosos é contado por Cadence, herdeira de uma rica família, os Sinclair. Cadence tem mais dois primos da mesma idade, e no verão dos seus 8 anos, ela conhece Gat, o sobrinho indiano do novo marido de sua tia.

Gat começa a passar todos os verões com a família, e aos 15 anos ele e Cadance vivem um romance. O que não é bem visto pelo avô, que considera Gat "diferente" de sua família.

Nesse verão um acidente muda a vida de toda a família. Cadance é encontrada na praia da ilha da família, após ter sido atingida na cabeça por uma pedra. 

Cadance esquece tudo relacionado ao acidente e dois verões depois volta a ilha pra tentar descobrir o que aconteceu com ela.

Porém todos foram proibidos de falar sobre isso com ela e aos poucos a memória de Cady vai voltando.

Confesso que fiquei impressionada com o final, que como eu disse, só descobri ao ler mesmo.

E vocês, já leram Mentirosos??? Se já, conte pra gente se desconfiava do que tinha acontecido antes de ler =)


Melhor preço: Saraiva R$ 15,30

Os 15 trechos mais belos da história da literatura


Os 15 trechos mais belos da história da literatura, segundo a Revista Bula:

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez

Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, cons­truídas à margem de um rio de águas diá­fanas que se precipitavam por um lei­to de pedras polidas, brancas e enor­mes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo.

Choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias.

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro na posse de uma bela fortuna deve estar necessitando de uma esposa.

Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos

Matar não quer dizer a gente pegar revolver de Buck Jones e fazer bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu.

O Diário de Anne Frank, de Anne Frank

É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.

O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger

O cara da Marinha e eu dissemos que tinha sido um prazer conhecer um ao outro. Esse é um troço que me deixa maluco. Estou sempre dizendo: ‘Muito prazer em conhecê-lo’ para alguém que não tenho nenhum prazer em conhecer. Mas a gente tem que fazer essas coisas para seguir vivendo.

Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe

É uma coisa bastante uniforme a espécie humana. Boa parte dela passa seus dias trabalhando para viver, e o poucochinho de tempo livre que lhe resta pesa-lhe tanto que busca todos os meios possíveis para livrar-se dele. Oh, destino dos homens!

O Encontro Marcado, de Fernando Sabino

De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.

Demian, de Hermann Hesse

Não creio que se possam considerar homens todos esses bípedes que caminham pelas ruas, simplesmente porque andam eretos ou levem nove meses para vir à luz. Sabes muito bem que muitos deles não passam de peixes ou de ovelhas, vermes ou sanguessugas, formigas ou vespas.

Lolita, de Vladimir Nabokov

Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita.

A Revolução dos Bichos, de George Orwell

Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco.

On The Road, de Jack Kerouac

Assim, na América, quando o sol se põe, eu me sento no velho e arruinado cais do rio olhando os longos, longos céus acima de Nova Jersey, e consigo sentir toda aquela terra crua e rude se derramando numa única, inacreditável e elevada vastidão, até a costa oeste, e a estrada seguindo em frente, todas as pessoas sonhando naquela imensidão, e em Iowa eu sei que agora as crianças devem estar chorando na terra onde deixam as crianças chorar, e você não sabe que Deus é a Ursa Maior? A estrela do entardecer deve estar morrendo e irradiando sua pálida cintilância sobre a pradaria, reluzindo pela última vez antes da chegada da noite completa, que abençoa a terra, escurece todos os rios, recobre os picos e oculta a última praia, e ninguém, ninguém sabe o que vai acontecer a qualquer pessoa, além dos desamparados andrajos da velhice.

Carta a D., de André Gorz

Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.

Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle

Eu sou um cérebro, Watson. O resto é mero apêndice.


Concordam ? Acrescentariam mais algum?
Segue link com a matéria original

;)

[RESENHA] Laranja Mecânica

Livro: Laranja Mecânica

Autor: Anthony Burgess

Editora: Aleph

Laranja Mecânica foi o primeiro livro que li nessas férias. E como elas acabaram ontem, ele foi escolhido para homenageá-las, pois já estou com saudades hahahah

Meu vínculo com a história é esquisito. Assisti ao filme há alguns anos, e lembro de ter gostado da história, mas ter odiado assistir (impressão que tenho até hoje com a maioria dos filmes dirigidos por Stanley Kubrick).

Depois de ter começado a estudar psicologia, Laranja Mecânica apareceu frequentemente durante minhas aulas, como exemplo de condicionamento clássico. Daí, depois de um tempo, assisti novamente ao filme, com umas amigas da faculdade.

Dessa segunda vez gostei bem mais (apesar de ainda achar o filme cansativo, como da primeira vez), e me deu uma vontadezinha de ler o livro.

Mais de um ano se passou, e consegui emprestada essa edição especial de 50 anos da Aleph (Essa edição, além de lindíssima, contém vários extras, com escritos do próprio Burgess sobre sua obra, e etc.).


Fiquei vários meses com ele aqui na prateleira, na fila (ATENÇÃO: não faça isso com livros emprestados! Leia logo, e devolva rápido. =p), esperando uma oportunidade com mais tempo e paciência para lê-lo, pois achei que seria uma leitura difícil.

Quando nos primeiros dias das minhas férias, comecei a ler, me surpreendi. Acabei o livro em 3 dias! Apesar do dialeto nadsat (linguagem das gangues de rua adolescentes de uma Inglaterra futurista, criada pelo autor) ser um pouco incomodo na leitura, com o passar das páginas é possível compreende-lo sem grandes dificuldades (ou pelo contexto, ou, se preciso, consultando o glossário no fim do livro).

A história é narrada em primeira pessoa, pelo protagonista Alex, como se ele fizesse o relato para alguém de seu universo. Alex e seus amigos (druguis) se reúnem para beber moloko (uma espécie de leite com drogas) e cometer atos de roubos e violências – batem em pessoas nas ruas, destroem lojas, invadem casas e estupram mulheres.

Numa dessas ocasiões, algo sai errado, e Alex é preso. Na prisão, a princípio finge se arrepender e mudar de comportamento, para se libertar o mais rápido possível.
Dessa forma, é convidado para ser submetido à Técnica Ludovico, que promete reabilitá-lo em 15 dias, eliminando seu comportamento violento.

A Técnica, que é o que interessa à Psicologia, trata do condicionamento respondente (ou clássico), teorizado pelo fisiologista russo Ivan Pavlov, no qual, numa breve explicação, se associa repetidas vezes um estímulo neutro a um outro estimulo (chamado estimulo incondicionado) que automaticamente irá desencadear uma resposta.

No livro, Alex toma alguns medicamentos antes de assistir a vídeos e filmes de violência (que são exibidos com músicas clássicas – que Alex adora). O medicamento faz com que ele passe mal, mas com a associação aos filmes, ele passa a automaticamente passar mal a assisti-los ou a ouvir as músicas (mesmo sem a medicação).



Para a Técnica Ludovico esse comportamento condicionado seria o tratamento definitivo para a violência.

Após ter alta do tratamento e se ver livre da prisão, Alex volta à casa dos pais sem avisá-los, e ao chegar se depara com um outro homem na casa, que alugando seu quarto, ocupa seu lugar na família, e seu espaço físico.

Além disso reencontra seus velhos druguis, que agora trabalham para a polícia. Seus antigos lugares favoritos são agora frequentados por tipos de pessoas que ele detesta. E nesse ciclo de decepções o livro se encaminha para o final.

Há ainda questões desencadeadas por pessoas que repudiam a Técnica Ludovico, e usam Alex contra a política.

O filme de Kubrick não explora o último capítulo do livro, o que na minha opinião, funcionou bem no cinema. Para quem leu depois de ver o filme (eu o/), o final é surpreendente.

Me arrependi de ter enrolado tanto para ler...  É Horrorshow (excelente)!


Onde encontrar pelo melhor preço hoje: Livraria Saraiva - R$37,91

Mais sobre Laranja Mecânica: Além do filme, que já citei na resenha, a banda Sepultura gravou em 2009, o disco conceitual, A-Lex, inspirado na história.


[RESENHA] Led Zeppelin - Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra

Livro: Led Zeppelin – Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra

Autor: Mick Wall

Editora: Larousse


Hoje é o dia mundial do Rock!

O dia do rock celebra o Live Aid, que teve shows simultâneos em Londres e na Filadélfia, objetivando arrecadar fundos para o fim da fome na Etiópia. O evento, que aconteceu em 13 de julho de 1985, contou com a presença de músicos importantes na história do rock, como The Who, Queen e David Bowie.

E como não poderia deixar de ser, a resenha de hoje é a minha homenagem ao gênero, que já faz parte de mim. =)

Escolhi “Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra”, porque o Led Zeppelin seria capaz de, sozinho, representar o Rock N’ Roll e sua importância, tanto mundialmente, como individualmente falando.



AMO essa banda, e esse livro, que já li há algum tempo, está entre meus preferidos de todos os tempos.

A biografia, mesmo não sendo autorizada, é incrível! Disseca a banda, e seus integrantes de maneira intensa.

Mick Wall, que invejo particularmente por escrever diversas biografias do mundo da música, começa o livro introduzindo Jimmy Page, Robert Plant, John Bonham e Jonh Paul Jones.

Nos conta o início musical de todos eles, como seus caminhos se cruzaram, e toda a história do Zep.

O sucesso estrondoso, as loucuras, as orgias, as drogas, as pequenas e grandes tragédias (como a morte do filho de Plant, que o abalou profundamente e refletiu intensamente na banda, nas músicas, e na atitude do cantor – All My Love, um dos sons mais bonitos deles, é uma homenagem ao menino).

Também enfatiza bem a relação de Jimmy Page com o ocultismo, e como tudo isso influenciou a banda.

Fotos de Page e Plant

O livro, contagiante no início, ao se aproximar do fim, começa a dar uma sensação de tristeza, quando começa a ser relatado que a banda não vai bem... E culmina com a morte de Bonham, sufocado no próprio vomito, depois de tanto beber (equivalente a 40 doses de vodka).

Nesse ponto, mesmo ainda restando algumas páginas para o desfecho do livro, você pára de ler, nem que por uns instantes...

Demorei um dia para voltar a ler, e conversando com uma amiga, ela contou ter demorado três dias para retomar e finalizar a leitura. É bem triste, e apesar de todos já conhecerem a história do Led, ficamos meio que torcendo para a acontecer tudo diferente, enquanto lemos.

O que fica claro é que, se Bonham tivesse morrido em outro momento, enquanto eles ainda eram os gigantes que caminhavam sobre a Terra, a banda teria prosseguido sem ele, com outro baterista. Sua morte sela o fim da banda, como um ponto final.

Nas últimas páginas encontramos o que cada um deles foi fazer de suas vidas, e os esforços de Jimmy Page de manter a banda viva de uma forma ou de outra.

E para a conclusão, há o show de reunião, após 19 anos, na O2 Arena de Londres, em 2007, o último show da banda junta, com Jason Bonham – filho de John – na bateria.

No relato ainda consta a dificuldade de convencer Plant a tocar certas músicas, como Stairway to Heaven, nesse show histórico, que esgotou os ingressos em minutos.

Dá uma certa tristeza em perceber que Robert Plant não quer saber do Led Zeppelin, dá a impressão de que a banda é um período negro em sua vida. E enquanto isso, são reforçados os esforços de Jimmy Page de ser para sempre A cara do Led. Depressing... =/


Mas, mesmo com tudo isso, ou, por conta disso, a biografia parece muito honesta, sem censuras. O que torna o livro indispensável para qualquer fã de Rock N’ Roll. E deixa claro que o Led Zeppelin se tornou uma lenda, exatamente da forma como era – Page, Plant, Jones e Bonham – e de nenhuma forma mais.



Onde encontrar pelo melhor preço hoje: Submarino - R$59,90

Show de reunião 2007: 



[RESENHA] Se eu ficar

Livro: Se eu ficar

Autora: Gayle Forman

Editora: Novo Conceito



Se eu ficar liderou as paradas de vendas dos livros de ficção no ano passado. Apesar do sucesso do livro e do lançamento do filme em 2014, só me interessei pela obra esse ano. 

Como toda boa bookaholic, vi uma promoção do livro Se eu ficar e da continuação Pra onde ela foi? por 9,90 (ou 19,90???) cada e comprei os dois. Queria ver o porque da euforia com esse livro. 

É um livro de ficção juvenil, curto e de leitura rápida. Mia é uma jovem comum, exceto pelo seu talento com o violoncelo. Mia tem um irmão mais novo Teddy e pais liberais. Namora o rockeiro da escola, Adam, que esta começando a fazer sucesso com sua banda. 

Mia sabe que seu futuro com Adam esta comprometido se ela decidir ir para Julliard, em Nova York estudar música. 

Em uma nevasca intensa e com as aulas canceladas em virtude do tempo, a família de Mia resolve fazer um passeio de carro. Eles sofrem um acidente e só Mia sobrevive, porém em coma internada na U.T.I.

Mia demora a entender o acidente, pois ela acorda e vê seu carro destroçado, ve seus pais mortos e enquanto procura por seu irmãozinho Teddy, encontra um corpo que acredita ser o dele, porem ve que é o seu. 

Mia acompanha todo o processo do resgate e acompanha seu corpo ao hospital. Lá ela ve a movimentação da família e de amigos e espera por Adam. 

O livro alterna momentos passados na U.T.I e memórias de Mia com a família, o inicio do namoro, o teste em Julliard...

O que marca Mia é a fala de uma enfermeira, que diz que a escolha de ficar ou partir é dela. A partir daí Mia passa a pesar se vale a pena ficar mesmo sem seus pais e seu irmão. 

Particularmente, mesmo gostando do livro, não entendi o motivo do alvoroço. É um livro bonito e gostoso, mas para figurar por tanto tempo como o mais vendido, eu certamente esperava mais. 

A continuação segue o mesmo padrão, mas, eu volto com ela mais pra frente. 

E vocês, já leram Se eu ficar??? O que acharam????


Melhor preço: Casas Bahia R$ 13,41

Filme: Se eu ficar - Trailer Oficial

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